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terça-feira, 24 de março de 2009

Das funções do inconsciente

“E essa é a brasileira guapa, de quem eu te falei”.
Com essa frase fui apresentada ao amigo de Gabriel, durante a festinha de despedida dele. Só então confirmei o que meu colega de trabalho realmente pensava de mim.

Ainda que eu tentasse não dar muita atenção a ela, minha intuição sempre me disse que Gabriel tinha uma quedinha por mim. Não vou entrar em detalhes nem demonstrações factíveis, era uma constatação feminina e ponto.

Caloura em uma equipe cheia de rapazolas autossuficientes, eu procurava me comportar da mesma maneira, sem dar qualquer brecha pra me chamarem de “chata” ou “mulherzinha”, e em nome do profissionalismo, ignorei ou neutralizei todas as tentativas de aproximação do menino, que, independente da minha total passadice inicial, sempre me tratou muito melhor que o resto dos colegas.

Confesso que não me custaria nada flertar abertamente, especialmente com ele mesmo botando todas as pilhas, mas eu dizia a mim mesma que ele era meu colega de trabalho e que não valia a pena.

Era bacana passar o dia inteiro ao lado de um cara que me atraía, mas nunca cheguei a considerar nenhuma hipótese no plano real. Até eu voltar de férias na segunda e descobrir que sexta seria o último dia dele no trabalho. Daí escancarou a azaração. De ambas as partes, verdade seja dita.

Apesar de me dar conta de que sentiria a falta dele no trabalho, esperei a festa de despedida para ver se aconteceria algo a mais. No final, acabou não rolando nada além de umas conversas mais apimentadas, contato físico intencional e umas cervejinhas a dois. Uma graça, ele. Pena que nos conhecemos no trabalho e ele está indo embora, me conformei, ressaqueada, na manhã do sábado seguinte.

Desde então, eu tenho sonhado com ele todas as noites, como se realmente estivesse apaixonada. Sei que sonho é coisa que não se explica, mas estou convencida de que, às vezes, o inconsciente trabalha pura e simplesmente em prol da nossa felicidade. Senão, como explicar uma simples historinha que não passou do plano platônico, mas cuja inexistência eu posso compensar com enredos e cenários de tal intensidade, que até me fazem hesitar ante a perene fertilidade dos sonhos e a repetidamente estéril realidade?

quarta-feira, 18 de março de 2009

Aos meus amigos

Obrigada por fazerem do meu Carnaval, do meu 20° aniversário e das férias mais aguardadas de toda vida dias fantásticos, alegres, engraçadíssimos e repletos de amor e felicidade. Sem vocês eu não sou ninguém, por isso levo todos aqui, dentro de mim, pra todos os lados. Daí, quando a saudade aperta, tal como um coelho na cartola de um mágico, basta tirar uma recordação bacana de dentro da cabeça pra começar a rir comigo mesma. Por ordem de reencontro:

Peixão: saiba que te tenho incrustada no meu coração como um bichinho de goiaba. Obrigada pelo intercâmbio de ideias mais que sintonizadas, pelo carinho e pelas gentilezas de sempre. Sutis, mas ao mesmo tempo tão escandalosamente comoventes, que continuam me surpreendendo, ainda que eu esteja “mais uma temporada” longe (e das quais eu sigo tentando aprender para repassar adiante).

Úrsula: meu orgulho! Adoro te ver cada vez mais determinada, sonhando alto, sem paredes em direção ao que te realiza. Amiga apaixonada pela vida, não tem medo de ser o que é: autêntica. Só ao teu lado não tenho medo de ser piegas, de me deixar arrebatar pela beleza de uma simples cebola (lembra como era linda?) em uma visita besta ao Carrefour.

Marilda: você não muda nunca, que bom! Sol da minha vida e de todos que te conhecem. Estar contigo me enche de uma energia que poucas pessoas nesse planeta sabem irradiar. Como se não bastasse ser tão iluminado, a dança te faz um bem enorme, nota-se pelo seu olhar (e pelos bracinhos bem torneados, hum!…). Sinto saudades de dividir casa com você até hoje…

Dalit: Mesmo nos falando diariamente via MSN, não há nada que se compare a estar contigo de "corpo presente": nossos assuntos, pala(vra)s ao vento, ideias desconexas (ou não) e opiniões sobre tudo o que nos interessa – absolutamente tudo. Obrigada pela disponibilidade infinita e por dividir comigo toda a sua sabedoria e curiosidade pelo mundo.

Garoto Verão 2009: como sempre um gentleman. Um carinho. Topa-tudo e topa todas, sem medo de ser e de fazer todo mundo feliz. Adorei revê-lo, tão livre, leve e solto como você é…que o ano siga te presenteando com tudo o que você merece.

Brazil: você é mais minha amiga do que imagina, sabia? Tenho uma admiração profunda por você, já antiga, creio que já declarada. Adoro seu sorriso enorme e espontâneo, sua maneira prática de ver as coisas, sua alegria, sua presença, trocar impressões sobre a vida e o mundo na blogsfera, como penfriends da pós-modernidade. Vou tentar ser mais assídua.

Estrela-do mar: já adorava, mas agora parece que nos aproximamos ainda mais. Que surpresa boa te descobrir como amiga, tão querida e atenciosa! Obrigada pelo fluxo constante de informação e espero que vibremos em ondas cada vez mais sincronizadas. Piscianas rule!

Luciellen: bonequinha de luxxxo. Muito franca, muito doida… e muito lá-lá-lá pra esse povo tão folgado, né? Que delícia destilar veneno e finesse juntas, falar com mamãe sem perder a pose e dançar a noite inteira sem cansar nossas belezas! Sua atitude me faz falta, mulher-maravilha!

Santana: de você perdoo tudo, até a crônica ausência. Chego a me preocupar se você me manda algumas breves linhas (pra claro, ver que não era nada grave)… Justamente por ser tao relapsa é que eu te amo tanto! Que bom ver você demitida (só a gente entende, né?), namorando um cara legal e mais bonita do que nunca!

Leôncia: de todas as minhas amigas, só a você não faço absolutamente nenhum tipo de ressalvas (sorry as outras…). Considero virtualmente mulher-superior: sempre bem-humorada, bem resolvida, paciente com todo mundo, amiga das amigas, boa mãe… ainda que eu sinta saudades dos nossos velhos tempos de manguaça! Quando eu evoluir quero ficar que nem você.

Pitonisa: palhaça. Muito. Passamos boa parte dos nossos melhores anos aterrorizando juntas. Temos muitas histórias para relembrar e "dar mosh da torre" de tanto rir. Compartimos os vícios os mais inconfessáveis, os comentários mais afiados, as piadas mais maldosas... Culpa de um timing perfeito. Amiga, o tempo passa e não volta! Não deixe de se jogar pra vida…Pense nisso. Te amo!