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terça-feira, 24 de junho de 2008

A Mulher e o paradoxo do macho-alfa

Não tenho mais pudores em me sentir atraída por mulheres. Pelas Gostosas. Cada uma a sua maneira, todas têm uma liberdade autoconcedida, que você reconhece de longe. A sutileza natural e sem maquilagem, um vocabulário comum, lembranças de menina e moça que compartilhamos com autocrítica e orgulho, a coisa de ser meio mãe, meio amiga, meio louca. A necessidade de transgressão. Dores e delícias de ser Mulher. Tão linda, e tão maravilhosa, que surge um tesão por aquilo que somos, essencialmente, mas que passamos a vida inteira aprendendo a perceber de uma outra maneira. Mulheres são criadas para serem mulherzinhas, mesquinhas, competitivas, arrogantes e muito pouco naturais, e isso é o que faz de muitas de nós tão chatinhas.

Ok, impossível negar que tem aquelas coisas de homem. O corpo, uma das maiores perfeições da natureza. As mãos, as veias pelos braços, os músculos das costas, as pernas, aquela quebradinha deliciosa que leva ao falo. Além de ser belo, o homem ainda sabe exercitar safadeza nos mínimos detalhes, aquela coisa de parar pra ver uma bunda e te deixar com ódio, mas te pegar com força e fazer você querer se sentir vulnerável. Mulherzinha, mas no melhor sentido da palavra.

Estou saindo com um belíssimo exemplar de macho alfa. Bofe, atitudeiro, algo bruto, safado, possessivo e, definitivamente, apaixonante. Tão alfa, tão alfa, que é quase patético. Ainda que me dê muito tesão, em vários sentidos. É que machos alfa, assim, acabam se transfigurando em boçaizinhos quando comparados com mulheres interessantes, essencialmente bonitas, cúmplices e sem preconceitos, capazes de rir de si mesmas. Daí me acho meio boboca, me sentindo atraída e querendo atrair homens assim, quando, na verdade, liberdade mesmo é poder dar uma bela pinta (fazendo topless se possível) e se divertir ao lado de outras mulheres tão lindas, tão autênticas e tão francas, e passando ao largo de todos eles (os machos-alfa).

Freqüentemente tenho a sensação de viver num jogo de videogame criado por meninos. Desempenho tarefas, cumpro provas, pulo obstáculos, sempre tentando me superar. Mas quando consigo subir ao pódio da vitória não contenho a preguiça da simplicidade burra com que eles funcionam. Homem é simplório, enquanto nós, mulheres, explodimos numa profusão de matizes, nuances, insinuações, finas ironias, sutilezas e tudo o que faz de nós seres “complexos”. E nessas horas não consigo deixar de pensar no quão rudimentares eles permaneceram. Criaram o mundo, a cultura e as civilizações, mas continuam os ogros de sempre.

Como qualquer mulher falando com a cabeça, creio que os verdadeiros Homens são os nerds, os sensíveis, os cavalheiros, os maricas, os nem tão bonitos assim, os muito bem-humorados. O problema é que eles são seres tão complexos, tão legais e que vêm tão prontos, que já não servem para ser os bofes. São os amigos que a gente ama, com os quais descansamos da “máscara-de-ser-mulher”e às vezes até trepamos, mas que não precisamos conquistar porque estamos do mesmo lado.

O próprio termo “bofe” denota um certo preconceito da minha parte, mas, paradoxalmente, são os homens que mais e melhor me dão tesão. A presença marcante, a virilidade, o arquétipo social, a tosquice. Não posso negar meu instinto natural de fêmea e dizer que os modelos masculinos cultivados por mim e pelas mulheres ao meu redor ao longo da minha vida não me impregnaram profundamente... Mas esses são aqueles mesmos boçais, incapazes de jogar um maço de cigarros vazio no lixo, de fazer as coisas mais simples e coerentes, e ai que preguiça me dão! E assim sucessivamente, nesse círculo do tesão pelo masculino...

Como todo mundo, tenho cabeça de homem e de mulher. E tenho tesão por homem e mulher.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Piadinha da semana

Estou apaixonada por um português.