Viu um casal na rua e decidiu que queria ter um relacionamento. Um estado de espírito que correspondesse a mais de um. De uma hora pra outra saíram uns hormônios, umas ganas de não passar tanto tempo só, envolvido com seus próprios botões.
Então sentiu vontade de dar amor. E receber. E andar de mão dada, e ir ao cinema, e passar dias juntos, e transar sempre que desse tesão.
Queria cuidar de alguém, dar atenção, carinho, sentir muita paixão, algum ciuminho bobo e muita saudade, ainda que de poucas horas.
Sabia bem que o amor não é aquela coisa linda, romântica, cheia de ohs e ahs e cor-de-rosa. Que é, antes de tudo, comprometimento e responsabilidade. Que quem sente acha uma delícia, um deleite ter. Sentir-se ligado a alguém. Com toda a liberdade do mundo, e exatamente por causa disso, você escolhe dividir sua intimidade com X. Ou Y.
Porque intimidade é tudo. Promiscuidade de sentimentos, vários, hábitos, diferentes, atos e reflexos, complementares e contraditórios. Intimidade é tesão. Carne crua. Sangue frio e quente. Fígado. Corazón.
Um comentário:
E a gente segue por aí, super humano, xx, xy, sempre insatisfeito, sempre achando as gramas dos vizinhos mais verdes.
E a despeito de toda dificuldade que é conviver consigo mesmo, querendo arrumar mais alguém para entrar na veia - ser o sangue que faz o coração bater, querendo complicar um pouco mais.
Porque assim que a gente gosta, que a gente goza. Porque assim que a gente cresce, que a gente se conhece.
Ou é bem ao contrário. Porque só quando a gente gosta, quando a gente goza, quando a gente cresce, quando a gente se conhece... que tudo pulsa.
PS: Senti sua falta ontem.
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