O dia penetra aos poucos no quarto escurecido pelas cortinas brancas. Estão ele e ela, dormindo de conchinha. Abraçando-a por trás, ele roça de leve a barba no pescoço dela, provocando-lhe arrepios. Seguem vários beijinhos no ombro, a língua molhada que ameniza o suor da noite e uma respiração cheia de segundas intenções. Há nele uma vida crescente, ao que ela corresponde em atitude passiva. Brincam de despertar por alguns bons minutos.
Dando por terminada a sua parte das preliminares, ele a vira para si, com ânsia de reciprocidade.
Ela abre os olhos e vê não o parceiro, mas um rosto conhecido. Apressa-se em assumir a tarefa ao perceber a mudança. Beija os olhos azuis da mulher e umedece-lhe os lábios com a própria língua. Desce suavemente pelo pescoço, arrepiando-a também. Mordisca com cuidado os mamilos duros, que mais parecem caroços de alguma fruta exótica e suculenta. Segue pelas axilas, a barriga, as costelas, os quadris. Chega ao ventre e repousa a cabeça ali por alguns segundos, em uma espécie de intimidade bizarra. Concentra todas as suas energias sexuais e desce, cheia de desejo.
Ela encontra enormes lábios roxos. Nunca os havia visto assim, tão de perto. “É diferente da minha”, pensa, mas não se freia. Abre a boca com avidez, para beijar aqueles insólitos lábios entumescidos. Cerra os olhos e, ao abri-los outra vez, vê desabrochar uma linda flor violeta.
“Como é perfeita a minha natureza”, pensa.
Um comentário:
Sexo é tão bom que até escrever e ler sobre ele excita, né? Hummmmmm.
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