Esse texto eu dedico às bichas suburbanas que, feliz ou infelizmente, cruzaram o meu caminho. Felizmente, porque com elas aprendo sobre a vida. E infelizmente, porque com elas pago um preço pela minha ingenuidade.
Não sou preconceituosa e tenho muitos amigos gays. Mas a bicha suburbana é um capítulo à parte.
Primeiro, ela se encanta por você. Te adora de cara, claro, porque, com seus singelos olhinhos de hiena, reconhece de longe o que pode obter às suas custas. Na verdade, ela quer ser/ter o que você é/tem, e trata de ganhar a sua confiança.
Ninguém te acha mais fantástica do que ela, que está sempre te botando pra cima, elogiando seu cabelo, sua atitude, suas roupas e os seus bofes, fazendo você se sentir uma supermulher.
Ela praticamente baba, fascinada, quando você conta sobre a sua vida, que é muito mais interessante que a dela própria. Ela vai estudando todos os seus trejeitos, visual e vocabulário, até que, um dia, você pensa, ainda sem nenhuma malícia: “nossa, mas como a Fulano fala e gesticula igual a mim! Acho que estamos mesmo andando muito juntas!...”
Esse reconhecimento faz você, ingenuamente, pensar que é muito querida por essa biscate enrustida, que no fundo só quer saber de te sugar.
É a pior bicha que existe, porque, além de cobra, é SUBURBANA. Vir do subúrbio, em si, não tem nada demais. Nem todo mundo precisa nascer “na cidade” pra ter educação, bom gosto e elegância. Suburbana é a mentalidade, a atitude. Ela é mesquinha, gonga todo mundo na sua frente, parece se sentir muito melhor que todo mundo, preza exageradamente o lado material das coisas. Não tem capacidade de valorizar as pessoas pelo que elas são, faz um julgamento baseado naquilo que vê. E, obviamente, valoriza a si própria na medida em que vai adquirindo bens: se sente o máxxximo quando consegue, por fim, pegar emprestada aquela sua camiseta que ela acha suuuuperfina, ou quando consegue juntar uma grana pra comprar o tênis com que todas as bichas ricas desfilam.
É incapaz de atrair pessoas com a sua própria luz e sabe disso; então, ela astutamente gravita ao redor de quem ela quer ser. A princípio só fica observando o universo da pessoa, tentando absorver alguma coisa. Logo, mais confiante, ela aprende a manipular seu objeto de desejo/inveja. O último estágio dessa “relação” é o bote, quando ela parte pra cima das suas roupas (imitando seu modelões, pegando roupa emprestada sem devolver), do seu dinheiro (pede emprestado em poucas quantidades e logo vem o maxicalote), das suas amizades e até do seu bofe. Quando chega nesse nível é que você se dá conta do maquiavelismo da bicha. Santa ingenuidade, a nossa.
Essas bichas só se aproximam de mulheres, porque são as únicas suscetíveis ao seu teatrinho de encantamento. Sabem que homens, bichas inclusive, não caem nas suas teias de aranha pegajosas, até porque a concorrência é direta e, dependendo dos casos, uma covardia: pense numa bicha fina e outra suburbana, uma do lado da outra, dá até pena! Ela precisa de exclusividade pra poder atuar, por isso arrasta a asinha de gralha pras bandas femininas. Porque, paradoxalmente, só uma mulher tem o que essa biscate mais quer e menos pode chegar a ter: uma racha.
...
Cantando pra subir: essa é bichinha é suburbana, mas é do bem:
Pablo González-Trejo, a Cuban-French-American artist, has been navigating
the complex terrains of identity, nature, and the infinite since
establishing h...
2 comentários:
Pisa de salto nesta bicha que o pezinho dela não cabe num modelão.
PS: Que bom que você voltou a aparecer!
avi mariah, uhauahuahauhauahuah, mt bom. é minha fia, uma racha é a porta da felicidade, magnifico portal da existencia. nós homens nunca teremos tal objeto de adoracao, as bibas mt menos. um cuzinho é mt bom, mas a raxa é sagrada. lembrem-se tem mt suburbano chique e mt urbano/rico de mentalidade estreeeeeeeita. beijos na raxa.
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